Publicado em 24 de janeiro de 2024

Você deve ter notado que as pessoas usam certos aromas para trazer de volta memórias dos momentos da infância. 

Esses cheiros e aromas são diferentes para cada indivíduo. Para alguns pode ser o aroma de biscoitos recém-assados, ou o cheiro de cloro fresco em uma piscina, pode ser o cheiro de grama recém-cortada ou até mesmo o cheiro de gasolina para alguns.

Os cheiros têm uma ligação forte, mas estranha, com as emoções e as memórias que um ser humano guarda e podem evocar vários tipos diferentes de emoções. Isso acontece por razões profundamente enraizadas na neurociência.

Nossos cérebros são inundados com memórias de eventos passados ​​e locais que associamos a uma emoção ou cheiro específico.

Quando você toca, prova ou ouve algo, os dados relacionados a esses sentidos vão direto para o seu cérebro e a parte que recebe essa informação é chamada de “tálamo”. Essa informação é então enviada pelo tálamo para vários pontos relevantes do cérebro. Isso inclui uma parte chamada hipocampo.

Esta parte, chamada hipocampo, é a principal responsável pelas memórias armazenadas em nosso cérebro e outra parte do cérebro chamada amígdala é responsável pelas emoções que associamos a sentidos específicos.

Porém, quando se trata do olfato, esse processo é um pouco diferente. 

Os aromas vão direto para uma parte do cérebro conhecida como bulbo olfatório, contornando o tálamo. O bulbo olfativo está localizado no centro do nosso cérebro. Está diretamente conectado às partes do cérebro de que falamos acima, o hipocampo e a amígdala. 

É por isso que quando cheiramos alguma coisa, isso nos lembra um tempo passado ou uma memória que imediatamente desencadeia fortes emoções e nostalgia.

Outro fato engraçado é que temos apenas 4 tipos de receptores para o sentido da luz e também para o sentido do tato; no entanto, para o sentido do olfato, temos bem mais de mil tipos diferentes de receptores. Esta pode ser a razão pela qual o sentido do olfato obtém um status mais elevado do que os outros sentidos em nosso cérebro, embora os humanos sejam seres predominantemente visuais.

Aromas e Memórias

No ano de 2017, no mês de novembro, uma descoberta surpreendente foi feita por cientistas relacionada ao processo pelo qual o cheiro se relacionava com memórias tão vívidas. Essas memórias podem ser armazenadas na parte do sistema olfativo ou no bulbo olfatório. A parte que controla isso é uma estrutura bastante complexa e também conhecida como córtex piriforme.

Um estudo publicado por pesquisadores da Universidade do Ruhr, em Bochum, Alemanha, na revista Cerebral Cortex, utilizou simulação elétrica para criar novas conexões de memórias em cérebros de ratos.

Estudos anteriores mostraram que esses tipos de estresse podem criar memórias duradouras no principal centro de memória do cérebro, também conhecido como hipocampo, e eles queriam garantir que isso fosse possível. Eles, porém, não conseguiram.

O hipocampo está localizado em uma parte sensível ao olfato, conhecida como córtex piriforme.

Essa parte, o córtex piriforme, está conectada a várias partes do cérebro, que inclui uma estrutura altamente complexa, também conhecida como córtex orbitofrontal ou OFC.

Essa estrutura é basicamente responsável por todas as informações relacionadas aos estímulos sensoriais que chegam ao cérebro.

Por exemplo, é o que lhe diz “Esta camisa parece boa, vista-a de novo” ou que “comida mexicana que tem uma semana fede, não coma”.

Esses pesquisadores tentaram usar um estimulante para estimular essa área e, não surpreendentemente, ocorreram alterações de memória no córtex piriforme.

Isso significa que o centro de memória do seu cérebro não apenas armazena memória de longo prazo, mas também está conectado ao centro do olfato.

Se você der uma boa cheirada nos livros daquela livraria usada ou naquele velho frasco de perfume, as memórias que vêm à sua mente são um efeito colateral feliz da maneira como seu cérebro está conectado.

Quando entramos em contato com um odor ou moléculas voláteis no ar, os neurônios que enviam sinais para partes do cérebro constituem as células receptoras olfativas. Eles enviam sinais para o bulbo olfatório. 

Pesquisadores da Universidade do Ruhr descobriram que cerca de mil genes desempenham seu próprio papel individual na codificação de vários tipos diferentes de receptores de odores. Cada um desses genes concentra-se exclusivamente em um subconjunto de odores.

É por isso que nem cada um desses receptores é responsável por compreender cada odor. O bulbo olfatório possui várias microrregiões para onde esses sinais são transmitidos. Diferentes odores são transmitidos para diferentes microrregiões que se especializam especificamente em cada tipo de odor.

O bulbo olfativo é então responsável por interpretar esses sinais naquilo que percebemos como cheiros.

Como funciona 

Para explicar em palavras simples, seu nariz está repleto de milhares de pequenos receptores de cheiros. Esses receptores estão concentrados no bulbo olfatório, que é a parte que envia sinais ao cérebro. A parte do seu cérebro que recebe esses sinais é a parte que está conectada a todas as memórias e emoções. 

Então, basicamente, quando você cheira algo pela primeira vez, seu cérebro associa uma memória a isso, como onde você está, com quem está ou o que está fazendo. Mais tarde, quando você sente esse cheiro, seu cérebro desencadeia aquelas memórias que fazem você se sentir nostálgico. 

Alguns aromas podem ter maior poder sobre outros, dependendo da importância da memória e da nostalgia que lhes estão associadas.

Você pode sentir nostalgia através de diferentes tipos de fragrâncias. 

Com a ajuda dos aromas icônicos, perfumes e purificadores de ar oem, você pode abrir diversas maneiras de trazer à tona alguns de seus momentos e memórias favoritos repetidas vezes. 

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